SANTOS DO DIA – JUNHO
DIA 8: SÃO MEDARDO (470-560)
Popular na França, de família nobre, foi ordenado bispo, e sobre ele conta-se que era um homem tolerante para com as fraquezas humanas e desapegado dos bens materiais.
A rainha Radegunda, que se tornou santa, havia fugido de casa, abandonando o marido, culpado de ter matado o próprio irmão. A rainha pediu para ser acolhida num mosteiro para consagrar-se a Deus. Medardo deu-lhe hospitalidade, impôs-lhe o véu, conferindo-lhe a ordenação diaconal.
Com a morte do santo bispo, o rei, reconhecido, mandou sepultá-lo na capital do próprio reino em rico túmulo. Sobre este, o sucessor do rei edificou a basílica e o mosteiro que levam o nome do santo bispo.
DIA 9: SANTO EFRÉM (306-373)
Efrém nasceu na Mesopotâmia. Foi expulso de casa pelo pai, sacerdote pagão, quando manifestou o desejo de receber o batismo. Efrém foi batizado aos 18 anos e encontrou trabalho em Edessa, como servente nos banhos públicos. De volta à terra natal, foi ordenado diácono e dirigiu a escola catequética, escreveu vários comentários à Bíblia, compôs hinos e utilizou-se da poesia para divulgar a doutrina cristã, recebendo o título de “Harpa do Espírito Santo”. Serviu-se do canto e da poesia para tecer louvores à Virgem Maria.
Quando necessário, Efrém transformava-se em homem de ação. Durante a carestia que atingiu toda a região em que vivia, organizou socorros, recolheu doentes em hospitais improvisados.
Morreu em sua pobre cela monacal, amado por cristãos do Oriente e do Ocidente. Em 1920, Bento XV declarou-o doutor da Igreja.
DIA 10: BEATO JOÃO DOMINICI (1356-1418)
João Dominici nasceu em Florença. Sua mãe era uma nobre veneziana, que depois de ficar viúva e encaminhar o filho à vida religiosa, ingressou no mosteiro em Veneza.
João Dominici era considerado um homem de coração grande, foi um dos principais artífices da reforma da Ordem, depois da diminuição do fervor que seguiu aos tempos heroicos da primeira geração, a qual que teve grandes santos, como Alberto Magno e Tomás de Aquino. João foi curado de uma gagueira por Santa Catarina de Sena. Ordenado sacerdote, foi encarregado de abrir um convento, onde teve santo Antonino como discípulo.
João Dominici percorreu uma carreira de honras. Foi embaixador da senhoria florentina, arcebispo de Ragusa, delegado papal ao Concílio de Constança e cardeal.
DIA 11: SÃO BARNABÉ (70)
Embora não tenha sido um dos doze apóstolos, foi figura eminente na Igreja primitiva. Conheceu o Mestre e provavelmente foi um dos 70 discípulos de que fala o Evangelho. Depois de Pentecostes, Barnabé vendeu os poucos bens que possuía e depôs aos pés dos apóstolos, integrando-se à obra de evangelização.
Seu nome era José, mas os apóstolos chamaram-no Barnabé, que quer dizer “filho da consolação”. Teve a missão de anunciar o Evangelho além da Palestina e foi quem apresentou o jovem convertido Saulo aos apóstolos. Seu trabalho teve excelentes resultados, pois em breve tempo foram numerosas as conversões. Com aquele fenômeno religioso, passaram a ser chamados de cristãos os seguidores de Jesus. Barnabé e Saulo (que passou a ser chamado pelo nome romano de Paulo) empreenderam viagens missionárias.
Numa outra viagem missionária, Barnabé levou o seu sobrinho João Marcos, o futuro evangelista, cujas hesitações levaram Paulo a separar-se de Barnabé. Este regressa a Chipre, onde deixa o relato dos Atos dos Apóstolos, e sofre, provavelmente, o martírio no ano 70.
DIA 12: SANTO ONOFRE (400)
Onofre era egípcio, monge na Tebaida. Deixou o mosteiro à procura de um eremitério. Depois de percorrer várias milhas, refugiou-se numa caverna onde encontrou um velho eremita. Depois de pedir-lhe a bênção, como era o costume, saíram à procura de uma morada para Onofre. Encontraram um lugar onde Onofre viveu por 70 anos na total solidão do deserto. A cada ano, o velho eremita voltava para visitar Onofre e no último encontro o velho caiu e morreu. Onofre enterrou-o.
Um monge chamado Pafúncio, desejoso de conhecer a vida dos anacoretas do deserto, caminhou vários dias entre dunas e acabou encontrando Onofre. Quis fugir diante da figura que de humano pouco tinha pelo aspecto do corpo, mas Onofre o tranquilizou. Poucos dias depois, Pafúncio cumpriu o ofício de enterrar o eremita entre as rochas.
Este santo despertou devoção, sobretudo na Idade Média graças à “Vita”, escrita por seu discípulo, o monge Pafúncio. Ele é venerado como padroeiro dos tecelões, embora tivesse como vestimenta apenas seus longos cabelos e um feixe de folhas sobre as ilhargas. A ele é dedicada uma igreja em Roma, nas encostas do Janículo, onde é conservado o túmulo do poeta Torquato Tasso.
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